abril 17, 2009

Empresas nascentes têm até 30 de abril para se inscrever no Prime

O prazo para as inscrições no Programa Primeira Empresa Inovadora (Prime), que vai conceder R$ 120 mil em recursos não-reembolsáveis a empresas inovadoras nascentes, termina no próximo dia 30 de abril. É grande o interesse de empresas incubadas em concorrer ao financiamento, que já está sendo considerado um pacote contra a crise econômica no setor. Até agora, cerca de 700 empresas já se inscreveram, o que representa 3,4 mil postos de trabalho.

Em todo o Brasil, são 17 as incubadoras-âncora operando o Prime. Elas recebem as propostas de empresas com até dois anos de vida, selecionam as melhores e repassam os recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

Uma delas é o Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (Celta), vinculado à Fundação Certi (Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras), de Florianópolis, Santa Catarina. O diretor da incubadora, Tony Chierighini, destaca o grande interesse que o programa despertou. São 200 acessos diários ao formulário de inscrição, além de dezenas de ligações e e-mails. De acordo com Chierighini, 400 projetos devem concorrer aos R$ 120 mil através do Celta.

“No contexto em que vivemos, um programa como este possibilita a consolidação real de uma nova empresa e a geração de, pelo menos, quatro empregos diretos. O Prime é um pacote anticrise do nosso setor”, diz o diretor.

Já no sul de Minas Gerais, em Santa Rita do Sapucaí - região conhecida como “Vale da Eletrônica” - a incubadora do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) investiu pesado em divulgação. O gerente da incubadora, Rogério Abranches, perdeu as contas de quantas entrevistas, reportagens e chamadas sobre o Prime foram veiculadas na mídia regional. Na afiliada da TV Globo, foram quinze dias de chamadas comerciais, todos os dias.

“O nosso objetivo era ter, pelo menos, 75 empresas inscritas”, diz Abranches. A estratégia de marketing funcionou. De acordo com ele, 70 empresários concluíram o mini-curso de orientação, onde aprenderam a preencher o formulário.

Abranches diz que uma característica importante do Prime é a de permitir que o empresário se auto-remunere. “Além da falta de noções administrativas, outro problema das empresas nascentes é a falta de recursos, que impede o cientista de se dedicar ao projeto em tempo integral”, explica. “Vejo alguns exemplos de projetos brilhantes que dificilmente teriam chance de prosperar não fosse pelo Prime”, conta ele.

O Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (Cide), que fica em Manaus, no Amazonas, também investiu pesado em divulgação. O objetivo do diretor executivo do Cide, Eduardo Pedro, é alcançar a marca de 600 inscrições até o dia 30. “Temos um pessoal de telemarketing, que procura as empresas oferecendo ajuda na inscrição do projeto; funcionários que viajam para dar palestras em outros estados; equipes que ficam à disposição, toda sexta-feira, no auditório do Cide, para tirar eventuais dúvidas; além de milhares de panfletos, cartazes e vinte outdoors espalhados pela região”, diz.

Na opinião do diretor, apesar da adoção de uma linguagem mais simples no edital, os empresários acabam cometendo equívocos na hora de preencher inscrever seus projetos. Ele alerta que o cadastro deve ser feito tanto no site da incubadora como no Portal Inovação, que fica dentro do site do Ministério da Ciência e Tecnologia. São alguns questionários detalhados – mas simples - que precisam ser respondidos adequadamente. Caso contrário, a inscrição é invalidada. “O empresário pode e deve nos pedir ajuda. Estamos à disposição. Se deixar tudo pra última hora, complica”, diz Pedro.

Para o diretor, o Prime garante estabilidade e verba nos primeiros anos da empresa – elementos determinantes para o seu sucesso. “Se a empresa começa bem, com um gestor qualificado e um cientista livre para desenvolver sua idéia, ela deslancha”, diz. Neste ano, a FINEP direcionou R$ 230 milhões em recursos para o Programa. Até 2011, primeira fase do Prime, a Financiadora planeja liberar R$ 1,3 bilhão para cerca de 1.900 empresas. Conheças as 17 incubadoras que operam o Programa Primeira Empresa Inovadora:

Cietec (SP)
Fipase (SP)
FVE/Univap (SP)
Biominas (MG)
Fumsoft (MG)
Inatel (MG)
Coppe/UFRJ (RJ)
InstitutoGênesis (RJ)
BioRio (RJ)
Celta (SC)
InstitutoGene (SC)
PUC/Raiar (RS)
Faurgs/CEI (RS)
Cide (AM)
Parque Tecnológico da Paraíba (PB)
Cesar (PE)
Cise (SE)

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